
A Câmara Municipal de Teresina aprovou nesta terça-feira (27.05) a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (I) que vai investigar supostas irregularidades financeiras na gestão municipal. O pedido de I foi protocolado pelo vereador Dudu (PT) e recebeu o apoio de 13 parlamentares (veja quem assinou no fim da reportagem), ultraando as 10 s necessárias para a instalação. A instalação da I será feita em 10 dias e tem 180 para ser concluída a partir da instalaçãom
A expectativa é que, dentro de 10 a 15 dias, a I esteja formalmente atuando, com a eleição de presidente, relator e definição dos membros, respeitando a proporcionalidade partidária. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de até 180 dias, mas os parlamentares pretendem acelerar as investigações.
A I surge em meio às declarações do prefeito Sílvio Mendes (UB), que recentemente anunciou à imprensa um "rombo bilionário” nas contas da Prefeitura de Teresina, inicialmente estimado em R$ 1 bilhão e, dias depois, ampliado para R$ 3 bilhões.
Para o vereador Dudu, a gestão atual está promovendo uma narrativa confusa e alarmista, sem apresentar provas concretas à sociedade.
“O povo de Teresina não quer saber do que ficou para trás. A gestão é a mesma, o CNPJ é o mesmo. O que eles precisam é istrar e resolver os problemas que afetam diretamente a população”, criticou Dudu.
Segundo ele, enquanto a Prefeitura fala em rombo bilionário, faltam insumos básicos no Hospital de Urgência de Teresina -HUT, medicamentos nas unidades básicas de saúde e a cidade enfrenta problemas com lixo, mato acumulado e paralisações no transporte público.Dudu Borges no estúdio do portal Piauí Hoje com o jornalista Luiz Brandão Entre os principais objetivos da I estão:
Apurar a real situação das finanças da Prefeitura, especialmente sobre os Restos a Pagar, estimados em R$ 480 milhões.
Investigar o uso do empréstimo de R$ 500 milhões obtido junto ao Banco do Brasil, destinado a obras de asfaltamento.
Analisar a contratação emergencial de coleta de lixo no valor de R$ 54 milhões, questionada pelo Tribunal de Contas do Estado.
Verificar possíveis irregularidades no não ree do FGTS, estimado em R$ 8 milhões
Examinar a contratação de escritório de advocacia para recuperar ICMS, apesar da Prefeitura contar com procuradores concursados.
O vereador Dudu enfatizou que a I não é um movimento de oposição, mas uma ferramenta de transparência e apoio à gestão municipal. “Nosso intuito é ajudar a istração a esclarecer os fatos. Se há desvio, queremos apontar onde está, quem foi o responsável e encaminhar para o Ministério Público e órgãos de controle”, afirmou.
"Dudu diz que Silvio foi eleito para resolver os problemas”
O vereador reforçou críticas à atual istração, acusando a gestão de ineficiência, falta de planejamento e de usar o discurso do “rombo” como justificativa para a paralisia istrativa.
“Queremos saber: onde está o dinheiro? Onde foi aplicado? E quem são os responsáveis">